A Universidade Federal de Viçosa – UFV se destacou mais uma vez pelas pesquisas de excelência realizadas. A AKC Canine Health Foundation, fundação americana pioneira em pesquisas e divulgação de informações de saúde para prevenção, tratamento e cura de doenças caninas, aprovou pela primeira vez um projeto brasileiro, da UFV, para receber financiamento.
A pesquisa, cujo título é Padronização de rLiNTPDase2 e quimeras derivadas como antígenos em ensaio imunocromatográfico para diagnóstico de leishmaniose visceral canina, é liderada pela professora Juliana Lopes Rangel Fietto do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV, com a colaboração dos professores Abelardo Júnior e Evandro Favarato do Departamento de Medicina Veterinária. O projeto tem como principal objetivo produzir um kit de diagnóstico de leishmaniose visceral canina baseado em testes rápidos e, com isso, possibilitar tratamento adequado para os animais e, consequentemente, o controle da doença.
Diagnosticar a leishmaniose de maneira mais precisa é fundamental para o controle tanto em cães quanto em humanos, sendo essa doença uma zoonose, além de garantir que os animais tenham acesso ao tratamento adequado. Assim, a professora Juliana Fietto, que possui experiência na área há quase dez anos, ressalta que “o objetivo é tentar fazer com que esse diagnóstico se torne mais eficiente já que hoje ele possui falhas, por exemplo, ao detectar cães que não estão doentes e que podem ser levados à tratamento indevido ou até mesmo a eutanásia em alguns casos. Em resumo, é diagnosticar o cão para que ele seja tratado”, explica a professora.
A professora Juliana, diz estar confiante “já temos artigos mostrando que a proteína que escolhemos para usar como antígeno recombinante, produzida por engenharia genética, é boa para o diagnóstico”, afirma. Além dos impactos no controle da doença, tanto em humanos quanto em animais, com a aprovação do projeto, ela espera que o desenvolvimento do kit de diagnóstico seguro e eficaz possa trazer mais recursos para a UFV, a partir do registro de patentes e comercialização do produto.
Outro aspecto que a professora enfatizou foi sobre a importância do financiamento internacional em meio à escassez de recursos no país: “Esse tipo de financiamento hoje é essencial porque lá fora eles sabem o quanto a nossa pesquisa é bem feita, quanto somos comprometidos com a ciência, eles acreditam no que a gente faz”. A professora Juliana já teve outro projeto financiado por iniciativa internacional, também intermediado pela Funarbe, e reforça a importância de os pesquisadores brasileiros buscarem oportunidades internacionais para o fomento de seus projetos.
Essa conquista teve participação da equipe de prospecção do Núcleo de Negócios e Parcerias – NNP da Funarbe, que auxiliou a professora em todas as etapas do projeto, desde a identificação da chamada, durante a submissão da proposta, até o fechamento do contrato.
Para a professora Juliana Fietto, a Funarbe e o NNP tiveram um papel essencial na consolidação desse financiamento. Segundo ela, “a equipe encontrou o edital, cruzou com os dados do meu currículo e entrou em contato comigo. Eu não conhecia a AKC e, se não fosse pelo auxílio da Funarbe, eu teria perdido essa oportunidade”, completa.
Para conhecer mais detalhes sobre o projeto aprovado, além de ter acesso a informações sobre a instituição, conheça AKC Canine Health Foundation.
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